Há uma diferença tácita entre o
ato de aceitar e o de se resignar. Parece estranho falar em “ato”, “ação”, sobre vocábulos
que carregam em sua essência um sentido de passividade, de quase imobilidade. Mas aceitar é
completamente diferente de resignar.
O primeiro de alguma forma entende, intuitivamente, que algo maior está
no comando e que ainda há peças desconhecidas que poderão esclarecer a situação a posteriori. Não há nada a fazer apenas aguardar.
O segundo se prostra vencido, sem esperança, escurecido, desistido, cabisbaixo.
O segundo se prostra vencido, sem esperança, escurecido, desistido, cabisbaixo.
Quando uma luta é empregada e não
há o desfecho esperado, a dor da perda e da partida nos consome. Sentimentos se misturam. Há culpa...o que mais poderia ter feito e não fiz? O que poderia ter mudado e não mudei? Desespero, revolta, impotência, abandono e dor, uma
dor profunda, aniquilante, paralisante.
O ato de aceitar não significa
fraqueza, mas sabedoria. Aceitação é concordância, anuência, permissão,
“Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu”. Aceitar é admitir, não a derrota mas a
necessidade de buscar “maior entendimento” sobre aquela questão.
Quando se aceita, se coloca à disposição de uma Vontade maior. Aceitar é descansar no Pai. É prova de Fé. É a direta conexão com o Criador. É crer que ele dará a força necessária para que se continue o caminho até o fim da missão, renovando as energias, ampliando a consciência por um sentido maior.
É ter certeza de que Ele o amparará na sua dor, o consolará nas noites de frio e sempre enviará o sol a cada amanhecer.
Isso nada tem a ver com religião, é transcendência, é conexão. É a
Paz restaurando o coração.
Resignar ao contrário, é desistir, é se
sujeitar, é se submeter sem buscar entendimento. É se abandonar no sofrimento,
se sentindo “vitimizada”, desprestigiada e desamada.
A conformação sem compreencão ou luta, cria mágoas e revoltas interiores, desconectando-se
espiritualmente, gerando doenças e procrastinação.
Que todos que neste momento, sentem-se abatidos pela dor da perda, da separação, do abandono, da
desvalorização e da desilusão, tenham a Serenidade de "aceitar" as coisas que não
podem ser modificadas, coragem para modificar aquilo que é possível e sabedoria
para distinguir umas das outras. Namastê!
Tereza Sigwalt
Nenhum comentário:
Postar um comentário