“O
dual não precisa ser uma oposição. Ele é uma medida de contraponto”
No dia 11 de fevereiro
de 2014, acordei na madrugada com esta afirmação no meu ouvido. Corri para
anotar e voltei a dormir. Pela manhã me surpreendi com tamanha sabedoria e
precisão destas palavras, que estavam em consonância com o entendimento que
sempre tive sobre a imagem, do Yin e Yang, diferentemente da maioria das
pessoas.
Muitos atribuem a ela o
significado de dualidade que precisa ser equilibrada, conceito que não se adequa
ao pensamento oriental onde surgiu.
A ideia de dualidade, bem
OU mal, de claro OU escuro e todas as significações filosóficas e religiosas
que carregam esta densidade de separatividade, de “lados opostos” e
conflitantes em sua essência, estão enraizados historicamente no ocidente.
Se nos aprofundássemos na
imagem e no seu conceito, de forma mais unicista e integral, perceberíamos que
ela é um pause, uma foto de algo que possui um movimento constante e
interminável. Sempre submergindo e emergindo, como nossos próprios pensamentos,
como o dia e a noite, como quando dormimos e depois acordamos, como o elétron
que pula de uma órbita e aparece em outra. Nada para. Nada termina, mesmo que
nossos olhos deixem de ver, a vida é contínua.
O yin - o útero, o
interno, o não consciente, aquilo que está por vir, contém um ponto de luz, uma
semente, um caminho, uma ideia, uma clareza - o yang.
Nunca houve separatividade
entre estes dois polos que tem uma ponte entre si com inúmeras possibilidades à
espera da manifestação. O Yin pode ser o livre arbítrio, o Yang nossa escolha,
privilegiando um ponto aos outros. Aquilo que resolvemos dar atenção, ou que
nossa parte não-consciente quer experienciar.
"Quando fechas os teus
olhos, e instantaneamente mergulhas no teu templo sagrado, banhado de
escuridão, conecta-te com o âmago do seu ser amplo e único e com todo o
Universo. Ao abrir os olhos, voltas ao mundo das formas, das texturas, dos
sabores, odores e cores, e ainda és tu, dentro e fora, uno contigo."
O dual não precisa ser uma
oposição, mas uma medida de contraponto.
Toda vez que enxergares o
outro ou a situação como uma agressão, um inimigo, um castigo, exerça esta
sabedoria do Yin E Yang. Como um
sinalizador do caminho, nos pontos que precisam ser vistos e reintegrados, ampliados
na busca da evolução, como uma espiral infinita. Tudo depende do nosso olhar. Ame
o que está fora do mesmo modo do que está dentro de ti. Tudo é Um.
Namastê! I see you!
Tereza Sigwalt
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