sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A SABEDORIA DO YIN E YANG - Tereza Sigwalt


“O dual não precisa ser uma oposição. Ele é uma medida de contraponto”

No dia 11 de fevereiro de 2014, acordei na madrugada com esta afirmação no meu ouvido. Corri para anotar e voltei a dormir. Pela manhã me surpreendi com tamanha sabedoria e precisão destas palavras, que estavam em consonância com o entendimento que sempre tive sobre a imagem, do Yin e Yang, diferentemente da maioria das pessoas.

Muitos atribuem a ela o significado de dualidade que precisa ser equilibrada, conceito que não se adequa ao pensamento oriental onde surgiu.
A ideia de dualidade, bem OU mal, de claro OU escuro e todas as significações filosóficas e religiosas que carregam esta densidade de separatividade, de “lados opostos” e conflitantes em sua essência, estão enraizados historicamente no ocidente.

Se nos aprofundássemos na imagem e no seu conceito, de forma mais unicista e integral, perceberíamos que ela é um pause, uma foto de algo que possui um movimento constante e interminável. Sempre submergindo e emergindo, como nossos próprios pensamentos, como o dia e a noite, como quando dormimos e depois acordamos, como o elétron que pula de uma órbita e aparece em outra. Nada para. Nada termina, mesmo que nossos olhos deixem de ver, a vida é contínua.

O yin - o útero, o interno, o não consciente, aquilo que está por vir, contém um ponto de luz, uma semente, um caminho, uma ideia, uma clareza - o yang

Nunca houve separatividade entre estes dois polos que tem uma ponte entre si com inúmeras possibilidades à espera da manifestação. O Yin pode ser o livre arbítrio, o Yang nossa escolha, privilegiando um ponto aos outros. Aquilo que resolvemos dar atenção, ou que nossa parte não-consciente quer experienciar.

"Quando fechas os teus olhos, e instantaneamente mergulhas no teu templo sagrado, banhado de escuridão, conecta-te com o âmago do seu ser amplo e único e com todo o Universo. Ao abrir os olhos, voltas ao mundo das formas, das texturas, dos sabores, odores e cores, e ainda és tu, dentro e fora, uno contigo."

O dual não precisa ser uma oposição, mas uma medida de contraponto.

Toda vez que enxergares o outro ou a situação como uma agressão, um inimigo, um castigo, exerça esta sabedoria do Yin E Yang. Como um sinalizador do caminho, nos pontos que precisam ser vistos e reintegrados, ampliados na busca da evolução, como uma espiral infinita. Tudo depende do nosso olhar. Ame o que está fora do mesmo modo do que está dentro de ti. Tudo é Um.

Namastê! I see you!

Tereza Sigwalt 

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