Se a palavra Bio significa "vida" e graphein "escrever", qual a melhor forma de escrevê-la, senão agindo por essas vidas. Tomando para si ações corajosas, ouvindo o que o povo diz, sentindo o que ele sente, ajudando-o a se levantar, oportunizando condições dignas, de ser cidadão e lutar.
Porque o “Eu”, o “Meu”, não se responsabiliza pelo “Nós”? Por que é mais importante um currículo de feitos administrativos, corporativos e intelectuais do que buscar soluções rápidas para a guerra que está acontecendo diante de nossos olhos? Acaso num front pode-se esperar que fabriquem as armas ideais enquanto os soldados vão sendo abatidos como moscas sob o bombardeio inimigo? Ou se procura lutar com os meios que se tem, enquanto outros vão surgindo e os procedimentos vão se adaptando às necessidades imediatas! Ficar em casa não acaba com a guerra só a estende mais.
O que falta a estes senhores de biografia ilibada, laureada e exaltada? Falta Amor.
Amor as pessoas, à Pátria e à Deus. Falta a compreensão de que se chegaram onde chegaram, não foi só por seus méritos, mas porque Deus tinha um propósito a se realizar através deles.
E o que sobra? Ego e covardia. E mais uma biografia vira fumaça na História.
Tereza Sigwalt
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