terça-feira, 23 de dezembro de 2014

SOBRE OS RELACIONAMENTOS segundo OSHO


Dois amantes sustentam algo invisível e algo imensamente valioso: um pouco de poesia sobre o ser e um pouco de música ouvida nos mais profundos recantos da existência. Ambos sustentam isso, sustentam alguma harmonia, mas, ainda assim, permanecem independentes. Podem se expor um ao outro, porque não há medo.

Porém, normalmente o medo existe e isso acontece quando a pessoa não tem nenhum perfume. Ao se expor vai simplesmente feder. Vai feder de ciúme, de ódio, de ira, de luxúria. Não vai ter o perfume do amor, da oração, da compaixão.

Como dizia Khalil Gibran "Que sejam como dois pilares que sustentam o mesmo teto, mas não comecem a possuir o outro, deixem o outro independente. Sustentam o mesmo teto. Esse teto é o amor"

O marido possui a esposa, a esposa possui o marido, os pais possuem os filhos e assim por diante. Mas possuir não é se relacionar. Na verdade, possuir é destruir todas as possibilidades de se relacionar.

Se a pessoa se relaciona, ela respeita, e não pode possuir. Se a pessoa se relaciona, há uma grande reverência. Se a pessoa se relaciona chega muito perto, muito, muito perto, com grande intimidade. Ainda assim a liberdade do outro não sofre interferência e permanece como indivíduo independente. O relacionamento é aquele do "eu-você" e não do "eu-objeto", interpenetrando-se e continuando independente.

Há amantes que mantêm uma distância, eles se aproximam apenas até certo ponto, e ficam em alerta para o momento de voltar. Eles tem medo, tem limites, nunca vão além deles, e se mantém confinados a esses limites. Sim, há uma espécie de relacionamento, mas não do tipo de troca, e sim de posse.

Osho

2 comentários:

  1. Boa noite Tereza
    Lindo texto e uma bela lição. Gostei do seu blog e do que vi aqui. Já seguindo você
    Beijinho

    http://sonhossepoesia.blogspot.com.br/

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